15 de mar. de 2010

Eu sou Umbandista !!!

É, não tenho vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista', não tenho vergonha de ser identificada como Umbandista. Me dou acima de tudo a um trabalho espiritual.
Nossa Umbanda, não faz milagres, quem os fáz é Deus,e quem os recebeu é porque MERECEU ;D Tudo depende da fé de cada um..
Sei que um terreiro, um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros, centros, e casas de Umbanda, representam a Religião.
Nossa casa não vende nem dá salvação, mas oferece ajuda aos que querem encontar um caminho.
Ser umbandista é entrar em um terreiro sem ter hora para sair, ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.
Sou o que sou com dignidade, com amor e dedicação.
amo minha religião e vou defendê-la sempre com todo carinho e amor que ela merece.
Acredito que mesmo nós piores momentos, com a pior das doenças, estando um caco espiritual e material, os Orixás e os guias, entidades, mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão alí, ao meu lado, momento a momento nos dando força e corragem;
ACREDITO SIM em cada Orixá, em cada guia ,entidade pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
Visto o branco sem vaidade *-*
coloco uma firma no pescoço e sinto o peso de uma responsabilidade, onde muitos possam ver ostentação. Choro, sorririo, ando, respiro e vivo dentro de uma religião sem querer nada em troca. tenho vergonha de pedir aos Orixás por mim, mas não tenho vergonha de pedir pelos outros.
não tenho vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata, não tenho vergonha de exercer a minha religiosidade diante dos outros .
Estou sempre pronta para servir a espiritualidade seja no terreiro, seja numa encruza, seja na calunga grande ou pequena, seja na macaia, seja nós caminhos ... seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
Me alegro por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa, mas também sofro porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.
Ser umbandista é ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo muído, e, ao mesmo tempo, sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a benevolencia do zuar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.
É ver um consulente entrar no terreiro chorando, e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.
É ter esperança que um dia, nós Umbandistas, acharemos a receita do respeito mútuo.
Sou Umbandista mesmo que outros digam que o que faço, minha prática, fé, doutrina, acreditar, dedicação, suor, lágrimas e sacrifífio não sejam Umbanda.
É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.
É saber o que significa a Umbanda não para mim, mas para todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer, pensar e ser, ser e nuncar estar ...
É saber que a Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda, caridade, luta, justiça, cura, lágrimas, aflição, alívio, ráiva, amor, mau e bom, mal e bem ... os problemas, as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem a procura.
É saber que a Umbanda é livre; não tem dono, não tem Papa, mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.
É saber que EU não escolhi a Umbanda, mas que a Umbanda ME escolheu.

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