1 de mar. de 2018

Apenas o que me cabe.

Não tenho muito dinheiro, nem muitos amigos, não tenho disposição para ficar saindo de barzinho em barzinho e nem paciência para conhecer muitas pessoas, não tenho freios, nem limites quando se trata de prosseguir, não tenho grandes ídolos, não sou fã de verdade de cantor algum, nem se quer de uma banda. Não gosto de coisas comuns, nem pessoas, não me prendo e não tenho medo de recomeçar. Apesar de até hoje ter buscado completamente o contrário, ao menos me encontrei.
Depois de muito tempo você para de fazer guerra no seu próprio coração, tomo cuidado porque sei que as vezes quero carregar mais do que aguento nas costas, tomo cuidado ao interagir, e não engulo qualquer porcaria de qualquer um por ai.
Cheguei desfiz as malas que estavam pesadíssimas com a bagagem da viagem, quase tudo que vi no caminho recolhi e guardei, tirei tudo, joguei muitas coisas fora, o que era bom, guardei em um lugar melhor... Na próxima, minha bagagem estará mais leve, e com muito espaço livre, dessa vez não vou recolher lixo pelo caminho.
É natural, simplesmente acontece, um dia você percebe a dadiva que é ter milhares de caminhos a percorrer, com milhares de lições a aprender, que cair faz parte, mas importante mesmo é levantar, custe o que custar. Garanto que vale a pena.
Tenho o suficiente para viver razoavelmente bem, poucos amigos mas com certeza também os mais leais, de cinema em cinema ando de mãos dadas com meu amor, de restaurantes a pastéis na feira, e vivo sonhando, fazendo planos e fugindo da realidade direto e sem parada para nosso futuro, que já vejo lindo, agora eu presto bastante atenção no caminho, vejo bem onde piso, e não me canso tanto carregando lixos que só pesam nas costas, e nos atrasam por toda vida. A melhor parte é voltar do sonho não muito distante e agradecer pelo presente, que literalmente é um Presente.



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